Começo 2016 respondendo a pergunta que mais ouvi em 2015, qual é melhor, PowerPoint ou Prezi?
Quando Prezi chegou em 2008 houve muita discussão sobre se era melhor que o PowerPoint e se iria substituí-lo. Foi como discutir se uma churrasqueira é melhor do que uma torradeira. Hoje ainda há muito questionamento sobre isso e a resposta para o que é melhor continua a mesma: depende da situação, ambos têm pontos fortes e limitações, depende do que você está tentando realizar.
Mesmo trabalhando há tempos com PowerPoint confesso que não me impressionei tanto assim com o Prezi. Acompanho o trabalho de agências internacionais de apresentações profissionais e por lá ninguém se impressionou também. Todos têm o mesmo ponto de vista – a escolha depende da situação. Mas profissionalmente o Prezi é muito, muito pouco utilizado. Quando digo profissionalmente quero me referir à aquelas apresentações que são pensadas e criadas por profissionais especialistas em design de apresentações e não àquelas usadas no ambiente profissional, ok?
Mas uma coisa é certa, o Prezi conquistou corações. Em 2015 atingiu a marca de 60 milhões de usuários, sendo que mais de 2 milhões deles estão no Brasil, e do meu ponto de vista o ambiente educacional é o maior responsável por estes números.
Recentemente, conversando com uma professora universitária pude entender melhor o porquê: criar slides para aulas é um trabalho chato e na grande maioria tão cheios de conteúdos que o resultado é “sempre mais do mesmo”. O Prezi traz então a impressão de “sair fora da caixa” com seus recursos de zoom in, zoom out e rotação. Muitos acreditam ser “cool” e com a intenção de dar um “show” o efeito acaba sendo o inverso. A audiência presta mais atenção nas animações excessivas do que no apresentador, um tiro no pé. Os recursos devem ser usados com cautela, pois já ouvi pessoas reclamarem de sentirem vertigem em apresentações com Prezi.
No PowerPoint há uma exigencia de sequenciamento do conteúdo, slide a slide, já no Prezi chamamos de apresentação não linear, que não exige uma ordem de inserção das informações, mas sim na sequência de navegação do conteúdo, que pode ser apresentado numa visão macro e navegado pelos detalhes.
Outra caracteristica forte do Prezi é ser uma ferramenta na modalidade de computação em nuvem, permitindo que várias pessoas trabalhem no mesmo arquivo. Claro, o Office 365 também oferece o recurso de colaboração, porém, ainda é uma versão mais utilizada no ambiente corporativo e todos nós sabemos o motivo disto, para utilizar tem que pagar!
Por falar em pagar, o principal motivo do PowerPoint ter sido tão disseminado desde sua criação é a facilidade em piratear a sua versão para PC’s. O licenciamento irregular não preocupa os usuários domésticos (nem corporativos), pois a fiscalização é quase nula. Até mesmo o executivo da Microsoft, Jeff Raikes, afirmou "se estão pirateando algo, preferimos que seja de nós mesmos do que de qualquer outro". E ai entra a grande sacada da Prezi que criou o plano Public que é gratuito. Com ele, você consegue criar apresentações no mesmo nível dos planos pagos. O que vai diferenciar os planos pagos deste é que o espaço para criação de apresentações é limitado a 100 MB e também na privacidade das apresentações, que ficam livres para qualquer usuário vê-las.
Muitas outras comparações poderia aqui relatar, mas o artigo ficaria mais extenso do que já esta. O que quero deixar claro é que devemos avaliar a situação ao selecionarmos a ferramenta correta para nossa apresentação. Antes de sair criando slides ou prezis pense na sua audiência, na mensagem que quer imprimir em suas mentes, na estrutura do conteúdo, e aí sim, com certeza sua apresentação atenderá todas expectativas.
Abaixo deixo dois links: um comparativo de recursos editado por Chris Clark, da Universidade de Notre Dame e uma bela apresentação profissional do Prezi elaborada pela Prezzip para a Intel. Vale a pena ver.
PowerPoint-vs-Prezi por Chris Clark
Prezi Intel | Anatomy of a breach
E você? Prefere qual ferramenta para suas apresentações?
Me conte aqui nos comentários.
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